Imagem - Reta Engenharia
Alunos da Maratona da Leitura 2024 fazem apresentações sobre bullying
19 de julho, 2024

Mais um livro da Maratona da Leitura: Jornada do Livro 2024 foi trabalhado pelos alunos e professores das escolas participantes e, na última semana, nossos colaboradores acompanharam as apresentações criadas para compartilhar os aprendizados sobre a obra “Bullying: que brincadeira é essa?”, de Denio Maués. A história, em formato de peça teatral, procura mostrar até onde as zoações podem ser consideradas brincadeiras, como saber se elas passaram dos limites e o que fazer quando o bullying acontece. Por meio de diversas situações vividas por Júlio, um garoto tímido que é perseguido e maltratado por seus colegas, o livro traz reflexões que têm tudo a ver com a realidade das escolas brasileiras.

O alunos do 4º e 5º anos da Escola Municipal de Paracatu de Baixo, de Mariana (MG), reproduziram a peça de teatro encenada por algumas personagens da história, “Palhaçada sem graça”, inspirada no contexto do bullying sofrido por Júlio. A ficção se passa em um circo que acaba de contratar um novo artista, o Palhaço Tímido, que não é bem recebido pelos colegas Chefe dos Palhaços, Palhaço Bate-Palmas e Palhaço Risadinha. Tímido sofre com o bullying praticado pelos outros três palhaços, mas acaba conseguindo o apoio e a compreensão de Sofia, a dona do circo.

Alunos da Escola Municipal de Paracatu de Baixo (Mariana/MG) deram destaque para peça encenada no livro “Bullying: que brincadeira é essa?”.

 

O teatro também foi o recurso usado pelos estudantes do 5º ano da Escola Municipal David Finlay, de Nova Lima (MG), que apresentaram o tema em situações distintas de bullying que poderiam acontecer na escola, como uma aluna que não joga futebol muito bem e é discriminada pelos colegas, que poderiam estar ensinando a menina a treinar suas habilidades em vez de zombá-la. Os alunos ainda cantaram duas músicas que abordavam a importância da amizade, de ser você mesmo e de respeitar as diferenças.

Uma das músicas cantadas pelos alunos do 5º ano da Escola Municipal David Finlay (Nova Lima/MG) continha o refrão “Amigo sim! Bulying não!”.

 

Já na Escola Municipal de Ensino Fundamental João XXIII, de Marabá (PA), os estudantes do 5º e 6º anos compartilharam informações sobre a prevenção da violência nas escolas, como leis que visam proteger crianças e adolescentes e razões que podem explicar porque o bullying acontece. As crianças também fizeram uma dramatização que trazia exemplos de situações de bullying e homenageava vítimas que infelizmente perderam a vida devido a essa violência. Por fim, funcionários da escola comentaram sobre acontecimentos já testemunhados por eles, reforçando a importância de saber identificar e coibir o bullying.

Insegurança e baixa autoestima do agressor foram apontadas pelos alunos da Escola Municipal João XXIII (Marabá/PA) como razões da prática de bullying.

 

Os estudantes do 5º ano da Escola Estadual Dulce Pinto Rodrigues, em Belo Horizonte (MG), roteirizaram e produziram de forma colaborativa um vídeo gravado na própria escola, que trazia uma introdução sobre o conceito de bullying e, em seguida, cenas dos alunos dramatizando situações de intimidação, que terminavam com os colegas se conscientizando de que aquele comportamento não era legal.

O 5º ano da Escola Estadual Dulce Pinto Rodrigues (Belo Horizonte/MG), roteirizaram e produziram um vídeo gravado na própria escola.

 

Enfim, na Escola Municipal Rubem Costa Lima, de Nova Lima (MG), os alunos do 5° ano também fizeram uma leitura dramática de algumas cenas selecionadas do livro “Bullying: que brincadeira é essa?”.

 

De acordo com a Lei 13.185/2015, considera-se bullying ou intimidação sistemática todo ato de violência física ou psicológica intencional e repetitivo, que ocorre sem motivação evidente e é praticado por indivíduo ou grupo contra uma ou mais pessoas, com o objetivo de intimidá-la ou agredi-la. Esse fenômeno é causador de angústias e sofrimentos para todos os envolvidos, sejam os agressores, as vítimas ou os expectadores, o que inclui estudantes, famílias, professores e demais profissionais da educação. Por isso, a importância de trazer a discussão sobre o bullying para os trabalhos da Maratona da Leitura deste ano foi uma consideração em comum apresentada nos encontros.

Cenas do livro “Bullying: que brincadeira é essa?” foram o ponto alto da apresentação na Escola Rubem Costa Lima (Nova Lima/MG).

 

À frente do projeto, a Coordenadora de Comunicação Marina Santos esclarece que todas as leituras da edição 2024 contemplam competências socioemocionais, temática elencada pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e considerada fundamental para proteção à saúde mental e combate ao bullying. “Queremos instigar os alunos a refletirem sobre seus comportamentos e reconhecer o papel da escola na formação desses futuros cidadãos. As instituições têm a responsabilidade de ensinar princípios e valores indispensáveis para a vida de cada estudante, formá-lo em uma pessoa com competências para conviver e impactar a sociedade positivamente”, ressalta. Em consonância com o propósito pedagógico em foco, Marina avalia que o livro incentivou reflexões importantes sobre empatia, respeito, solidariedade e diálogo, incentivando a promoção de um ambiente escolar seguro e acolhedor, onde cada aluno possa se desenvolver se sentindo bem e feliz.

 

Sobre a Maratona da Leitura: Jornada do Livro

A Maratona da Leitura é um projeto social da Reta Engenharia que visa o amadurecimento cultural e pedagógico de crianças da rede pública de ensino em Minas Gerais e Pará, através do incentivo à leitura e à escrita. As obras literárias são trabalhadas também com o intuito de ampliar o conhecimento dos alunos, a fim de prepará-los para a criação de um livro que eles mesmos irão escrever e ilustrar sobre o tema selecionado.

 

Ao longo do ano, depois das apresentações sobre cada livro explorado pelos alunos das escolas participantes, os colaboradores da Reta que estiveram presentes avaliam o que assistiram, com relação aos seguintes critérios: domínio do conteúdo, clareza e adequação ao tema; criatividade e uso de recursos diversos; organização e sintonia do grupo; expressividade e linguagem corporal; e protagonismo e envolvimento dos estudantes. No encerramento do projeto, em dezembro, a turma que obtiver a melhor pontuação na soma de todas as apresentações ganha uma excursão cultural.