Era uma vez um pequeno príncipe que vivia em um asteroide com uma rosa de grande beleza e orgulho. Certo dia, ele inicia uma viagem que o traz até o planeta Terra, onde encontra diversos personagens que o fazem repensar o que é realmente importante na vida. A história, escrita pelo francês Antoine de Saint-Exupéry em 1943 e considerada um dos maiores clássicos da literatura infantojuvenil de todo o mundo, ganhou nova vida nas últimas semanas a partir das encenações realizadas pelos estudantes do projeto socioeducativo Maratona da Leitura. “O Pequeno Príncipe” foi o título escolhido para o 3º Encontro do Livro de 2024 e provocou valiosas reflexões e aprendizados para os estudantes e para o público que acompanhou as apresentações.
Escola Municipal David Finlay
(clique para ampliar as fotos)
Os alunos do 5º ano da Escola Municipal David Finlay, em Nova Lima (MG), da Escola Estadual Dulce Pinto Rodrigues, em Belo Horizonte (MG), do 4º e 5º anos da Escola Municipal de Paracatu de Baixo, em Mariana (MG), e 5º e 6º anos da Escola Municipal João XXIII, em Marabá (PA), escolheram encenar o enredo do livro por meio de peças teatrais. Com a criação de figurinos e cenários, eles representaram as principais cenas e personagens da obra, incluindo o Pequeno Príncipe, o piloto, a rosa, a raposa, o rei, a serpente, as flores do deserto, o vendedor e o geógrafo.
Escola Estadual Dulce Pinto Rodrigues
(clique para ampliar as fotos)
Música e dança complementaram as apresentações das crianças. A música “Cativar”, do Grupo Arte Nascente, foi cantada pelos alunos da escola David Finlay, enquanto na escola João XXIII esteve presente em uma coreografia. Nas escolas de Paracatu de Baixo e Dulce Pinto Rodrigues, os alunos também apresentaram danças, com uma canção instrumental e com a música “Uma Vez Mais”, de Ivo Pessoa, respectivamente. Já na Escola Municipal Rubem Costa Lima, de Nova Lima (MG), os alunos do 5° ano compartilharam as mensagens e reflexões mais importantes da obra, seguida da leitura de um poema.
Escola Municipal João XXIII
(clique para ampliar as fotos)
Obra provoca reflexões profundas até os dias atuais
“O Pequeno Príncipe” é uma história atemporal, para todos os públicos, que leva o leitor a refletir sobre como nos tornamos adultos entregues às preocupações diárias, que deixaram para trás valores da infância como afeto, sonhos e esperança. Segundo a professora Kátia Pires, do 5º ano da Escola Municipal David Finlay, o entendimento da obra é diferente dependendo do estágio da vida de quem lê, porém, duas frases do livro resumem os aprendizados propiciados por ele: “O essencial é invisível aos olhos” e “Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas.”
“O Pequeno Príncipe fala muito da importância de cativar, ou seja, de deixar marcas na vida do outro e se comprometer por elas. Na vida, muitas vezes não conseguimos enxergar o que devemos valorizar, como o amor que sentimos pelas pessoas, pois o que é importante está presente no coração”, refletiu.
O engenheiro Ítalo Silva, que acompanhou a apresentação dos alunos da Escola Municipal João XXIII, chegou a uma conclusão semelhante a respeito dos ensinamentos do livro. “A trajetória da Maratona da Leitura deste ano vem trazendo algo que por vezes achamos que está esquecido, que é a questão dos sentimentos, de cativar, demonstrar amor. A leitura tem esse poder de realmente deixar um legado para as pessoas”, avaliou.
Escola Municipal de Paracatu de Baixo
Escola Municipal Rubem Costa Lima
Sobre a Maratona da Leitura
A Maratona da Leitura: Jornada do Livro é um projeto social da Reta Engenharia que visa o amadurecimento cultural e pedagógico de crianças da rede pública de ensino em Minas Gerais e Pará, através do incentivo à leitura e à escrita. As obras literárias são trabalhadas também com o intuito de ampliar o conhecimento dos alunos, a fim de prepará-los para a criação de um livro que eles mesmos irão escrever e ilustrar sobre o tema selecionado.
Ao longo do ano, depois das apresentações sobre cada livro explorado pelos alunos das escolas participantes, os colaboradores da Reta que estiveram presentes avaliam o que assistiram, com relação aos seguintes critérios: domínio do conteúdo, clareza e adequação ao tema; criatividade e uso de recursos diversos; organização e sintonia do grupo; expressividade e linguagem corporal; protagonismo e envolvimento dos estudantes. No encerramento do projeto, em dezembro, a turma que obtiver a melhor pontuação na soma de todas as apresentações ganha uma excursão cultural.